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Greve da categoria impacta sobre a arrecadação de tributos no Estado, aponta Paulo Renato Silva da Paz
A greve dos auditores da Receita Federal tem reflexos no Rio Grande do Sul que vão além do atraso no recebimento de mercadorias na indústria. No Estado, 26 delegados, inspetores e substitutos colocaram seus cargos à disposição, afirma o superintendente do órgão no RS, Paulo Renato Silva da Paz.
— A mobilização atinge toda a parte de comércio exterior e tem efeito sobre a arrecadação, além de atingir outros trabalhos, em operações como Lava-Jato e Zelotes — comenta.
A exposição da crise que envolve a categoria ganhou força na terça-feira, com a divulgação do conteúdo de carta assinada pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. O comunicado afirma que há “muitos interessados no não funcionamento, na desorganização, no enfraquecimento da Instituição”. Conforme o secretário, “o navio corre risco de naufragar”.
Para Paz, a carta não tem condições de balançar o nome de Rachid à frente da secretaria.
— (A manifestação) foi dirigida para a equipe dele — menciona o superintendente.
Nesta quarta-feira, Paz embarca para Brasília, onde participa de reunião que avalia o quadro da Receita. A greve dos auditores busca reajuste salarial de 21,3% em quatro anos, acertado em março, com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. A categoria aponta distorções, pela Câmara dos Deputados, no texto original do Projeto de Lei 5864/2016 sobre a carreira tributária.
— Há expectativa de que o Poder Executivo e a Câmara retomem o PL original. O tema é prioritário — sublinha Paz.