Uma novidade definida na assembleia do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, realizada nesta quinta-feira (15), foi a homologação de uma proposta do Conselho Técnico Operacional de Pecuária Leiteira que pedia a inclusão de animais machos no programa de indenizações do Fundesa. A partir da agora, proprietários de bovinos machos acima de 24 meses, com diagnóstico positivo para tuberculose e brucelose também serão indenizados – desde que sejam contribuintes do Fundo. Até agora, apenas as fêmeas eram indenizadas em caso de diagnóstico positivo. A medida contribui para ampliar o saneamento de propriedades que registram as doenças.
Durante a assembleia, o Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS também aprovou a prestação de contas para o terceiro trimestre de 2015. O saldo do Fundesa ultrapassa os R$ 53,4 milhões e aplicou, ao longo deste ano, mais de R$ 2,5 milhões em diversas atividades. Em 2015 as receitas do Fundo, que compreendem arredacação e aplicações financeiras, de janeiro a setembro, são de mais de R$ 9,4 milhões, em torno de R$ 1,8 milhão acima do registrado no mesmo período do ano passado.
A maior destinação dos recursos foi para a indenização de produtores da pecuária leiteira. O total, neste segmento, supera R$ 1,6 milhão e o valor no trimestre de julho a setembro foi maior do que o dobro do registrado nos três meses anteriores (R$ 646 mil ante R$ 310 mil do segundo trimestre). Conforme o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, a cadeia do leite tem sido estimulada a sanear os rebanhos que registram tuberculose e brucelose e, por isso, o número de indenizações está aumentando. “Os produtores se sentem mais seguros pois sabem que existe uma fonte de recursos para indenizar mais rapidamente os eventuais animais sacrificados”, afirma. Além disso, segundo Kerber, a conscientização dos produtores sobre a importância de manter a sanidade do rebanho contribui para a maior adesão aos programas de saneamento.
O Fundesa apresenta, a cada trimestre, a prestação de contas referente às entradas e destinação de recursos das quatro cadeias que o compõe: aves, suínos e pecuária de corte e de leite. O procedimento é uma forma de dar transparência sobre a utilização dos valores que, além das indenizações, prevê investimentos na área de defesa e educação sanitária. Através de convênios, o Fundesa atua na capacitação de médicos veterinários e técnicos do serviço oficial da Secretaria e do Ministério da Agricultura.
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O Fundesa é um fundo privado, criado em 2005, e tem a missão de propor e apoiar o desenvolvimento de ações de defesa sanitária animal, além de garantir agilidade e rapidez na intervenção em casos de eventos sanitários.
O fundo é composto por nove entidades: Federação da Agricultura do RS, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS, Sindicato das Indústrias de Carnes do RS, Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS, Sindicato do Comércio Atacadista de Carnes Frescas e Congeladas do RS, Sindicato da Indústria de Laticínios, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas, Associação Gaúcha de Avicultura e Associação dos Criadores de Suínos do RS.
Os recursos do fundo são obtidos através da contribuição do produtor e da indústria, pelo abate ou produção nas cadeias de pecuária de corte e leite, avicultura e suinocultura.