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15/01/2017 – CR: A importância de manter conquistas

JORNAL CORREIO DO POVO | CORREIO RURAL | PÁGINA 4

Os avanços que o Rio Grande do Sul vem obtendo na área de sanidade animal apontam que estamos no caminho certo. O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), cumprindo sua missão constitucional, tem investido recursos na qualificação da produção, atuando fortemente no quesito de biossegurança e estabelecendo – de forma preventiva – condições para evitar ou diminuir eventuais riscos sanitários, o que é fundamental.

A autoridade máxima em saúde animal no mundo esteve no Rio Grande do Sul em novembro de 2016 e sua presença aqui consolidou as ações do fundo. A diretora geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eloit, pontuou que o trabalho e o estímulo à adoção de critérios de biossegurança são fundamentais. A mensagem que ela trouxe, de que as produções têm que focar em prevenir, tem a ver com a demanda internacional existente pelo uso prudente de antimicrobianos. Para que isso se viabilize é necessária a adoção de medidas de biossegurança cada vez mais intensas nas produções.

Para 2017 seguimos com a intenção de fazer com que todos – e especialmente o produtor – participem do sistema de defesa sanitária. Mais do que nunca fica claro que defesa sanitária é responsabilidade de todos. Nos dias atuais em que crescem as transações comerciais entre os diferentes mercados, existindo uma intensificação do trânsito de pessoas, produtos e animais, há a necessidade crescente de uma atenção maior e de uma participação mais intensa de todos no que diz respeito aos cuidados relacionados à defesa sanitária. Essa é uma condição indelegável. Todos – oficial e privado – têm que dar a sua participação em sinergia.

Nós tivemos nos últimos anos situações de aparecimento de eventos sanitários importantes no mundo. Influenza aviária nos EUA, a PED (doença que atinge suínos) na América do Norte, que chegou a alcançar países da América do Sul. Agora, o aparecimento de eventos de influenza aviária na Ásia e na Europa e a difusão da peste suína africana na Rússia. A todo o momento acompanhamos notícias importantes de enfermidades que acabam aparecendo em diferentes pontos do globo. Evidentemente que o Brasil, como um país de intensa participação no mercado internacional de carnes, especialmente, tem que estar atento e ser muito eficiente no sistema de defesa sanitária, garantindo que se mantenha livre destes eventos.

Esse é o grande desafio para o ano de 2017: trabalhar os critérios básicos de biossegurança, a adoção nas diferentes cadeias e o estímulo ao produtor para que tenha uma participação mais efetiva no processo de defesa sanitária animal.

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