O surgimento de novos casos de Influenza Aviária na Europa e no Japão é motivo de alerta para produtores brasileiros de aves darem mais atenção às questões de biosseguridade. A disseminação da doença por outros continentes, depois do grande surto registrado nos Estados Unidos em 2015 – quando mais de 50 milhões de aves foram exterminadas – motivou um novo alerta aos produtores, por parte do Ministério da Agricultura e que vem sendo reforçado pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS.
Desde a Copa do Mundo de 2014 o Fundesa já vem avisando os contribuintes sobre a importância de dar maior atenção aos cuidados com a biosseguridade das granjas. “O controle de trânsito nas propriedades é algo que o produtor nunca deve descuidar”, afirma o presidente do Fundesa Rogério Kerber. A entrada restrita de pessoas e veículos nas propriedades é apenas uma das medidas para garantir a sanidade dos plantéis. Além disso, a limpeza das instalações, troca de roupas para ingresso nas áreas de produção e a manutenção de telas antipássaros e cercas em boas condições para evitar o ingresso de aves migratórias e animais domésticos nas granjas são ações fundamentais.
O Brasil nunca registrou casos de Influenza Aviária. Apesar da situação positiva do país, o Rio Grande do Sul está no eixo de aves migratórias da América do Norte, por isso a importância de manter a vigilância. “Sanidade animal é responsabilidade de todos. Além dos médicos veterinários dos serviços oficial e privado, o produtor também tem papel indispensável nos controles internos”, afirma Kerber.