JORNAL DA MANHÃ | IJUÍ | OPINIÃO | PÁGINA 6
Vice-presidente da Associação de Agricultores Familiares Agroflorestal (Afagro), fala sobre as mobilizações dos servidores do setor
Qual sua avaliação do ano de 2016?
Foi um ano de muitas batalhas e lutas. Tivemos alguns avanços como o início da negociação com o secretário, referente a algumas demandas novas, como a criação do quadro do fiscal agropecuário. Tivemos também alguns encaminhamentos a nível de governo, alguns projetos que atingem diretamente os servidores.
Como vocês estão acompanhando o pacote de medidas do governo Sartori?
Estamos acompanhando de perto, vendo como é que vai ser a votação das medidas. Acreditamos que no final do mês de janeiro se volte aos projetos da pauta, mas achamos que de certa forma, com a pressão feita pela associação, por todos os sindicatos, deve ter havido um recuo por parte dos deputados na votação.
Dentre essas medidas, como serão atingidos os fiscais agropecuários aqui no Estado?
Na realidade são diversas medidas, por exemplo, tem a medida que retira a questão do dia do pagamento que atualmente é feito no último dia do mês. Com a mudança, daria uma maior liberdade para o governo fazer o pagamento conforme os recursos de caixa. Isso dá uma certa insegurança na questão da organização financeira do servidor, porque todo mundo tem suas contas para quitar com data de vencimento já certa.
Vocês paralisaram e fizeram greves durante o ano passado?
Isso, no final do ano, desde o dia 16, fizemos uma mobilização, todos os fiscais realizaram greves. Atendemos a questão de manter 30% das atividades que é uma decisão que deve ser cumprida, mas a categoria está de certa forma bastante receosa com as medidas que estão sendo adotadas, então deu uma boa adesão dos fiscais agropecuários e dos técnicos agrícolas