CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 8
Seis meses depois de ter sido exonerado do cargo, o fiscal federal agropecuário Roberto Schroeder retornou ao posto de superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/ RS). A nomeação foi publicada ontem, no Diário Oficial da União. A definição ocorre após uma série de trocas no comando do Mapa/RS, motivadas por acordos políticos. Schroeder assumiu após a exoneração do ex-superintendente Francisco Signor, em maio de 2015. Em fevereiro, foi exonerado para dar lugar a Luciano Maronezi, ligado ao PTB, que ficou apenas dois meses no cargo. Em seguida, foi nomeado Flávio Zacher, do PDT, que não chegou a assumir. No governo interino de Michel Temer, a superintendência vinha sendo comandada por um substituto, o agente de inspeção José Ricardo Cunha.
A nomeação de Schroeder teve o apoio de deputados federais do PP, partido do atual ministro Blairo Maggi. O superintendente diz que pretende dar continuidade ao trabalho feito até fevereiro deste ano e admite que, entre seus maiores desafios, está atender à demanda com um quadro de servidores reduzido. Schroeder calcula que seria necessário aumentar em pelo menos 30% o número de fiscais, porém sabe que isso dificilmente irá ocorrer devido ao ajuste fiscal.
Sobre o sistema de inspeção de produtos de origem animal por acreditação de veterinários, que tem a simpatia do atual ministro, Schroeder afirma que o tema merece uma ampla discussão. “Acho que a sociedade brasileira ainda não é madura o suficiente para um sistema totalmente terceirizado”, acredita.
A indicação de um técnico foi comemorada pelos fiscais federais agropecuários. “Havia uma vontade muito grande de sermos chefiados por um técnico do setor, que conheça a área”, afirma a delegada sindical Consuelo Paixão Côrtes, do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).