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O carrapato causa prejuízos de mais de 350 milhões de reais no Rio Grande do Sul. O pequeno ácaro é responsável pela transmissão da Tristeza Parasitária Bovina, enfermidade que é a maior causa de morte de bovinos no RS e a que provoca o maior gasto com produtos para tratamento. Para combater o problema e conscientizar os produtores sobre a importância do correto controle do problema, a Secretaria da Agricultura em parceria com outras entidades criou um grupo de trabalho que vai elaborar um plano de ação a ser adotado no estado. “A intenção é criar um programa de Estado, que seja perene”, explica um dos coordenadores do grupo, Ivo Kohek Jr, da Seapi.
O fiscal estadual agropecuário Endrigo Pradel está concluindo tese de mestrado sobre o tema e afirma que o principal erro do produtor é o controle feito no momento inadequado, já que os banhos são feitos quando o produtor vê o carrapato no animal. “É preciso conhecer o ciclo, para realizar um trabalho estratégico, evitando a reinfestação”, afirma. Cada fêmea que cai no solo produz três mil larvas, em três ciclos por ano.
O diretor do DDA, Antonio Ferreira Neto, colocou o departamento de Educação Sanitária da Seapi à disposição para começar um trabalho de conscientização dos produtores em parceria com o Senar. O presidente em exercício do CRMV-RS, José Arthur Martins afirmou que o tema do carrapato será abordado no V Fórum de Responsabilidade Técnica e Sanidade na Produção Animal, evento promovido pelo Conselho durante a Expointer.
O grupo, que conta com a participação da Seapi, Emater, Embrapa Pecuária de Corte, Fepagro, Farsul, CRMV-RS, Sindicatos Rurais e universidades, deve se reunir periodicamente.