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Fiscais agropecuários da carreira do Ministério da Agricultura (Mapa) no Rio Grande do Sul reagiram com apitaço e protestos nesta sexta-feira (12) com a chegada do novo ocupante do posto de superintendente da pasta. Segundo o sindicato da categoria, 90% das atividades de fiscalização deixaram de ser feitas no Estado. Nova mobilização está prevista para segunda-feira (15), a partir das 8h30min.
Luciano Maronezi foi recebido com barulho e vaias pelos servidores na sede do órgão em Porto Alegre. Na fachada do edifício-sede do órgão, banner se referiam à empresa de Maronezi, que atuaria na captação de recursos federais. A reação ganhou mais força nessa quinta-feira (11), quando o nome do novo ocupante foi publicado no Diário Oficial da União.
A categoria quer a permanência do superintendente anterior. A indicação foi feita à ministra da Agricultura, Kátia Abreu. “Trata-se de uma pessoa sem experiência alguma na gestão de um órgão tão complexo, que trata de temas relevantes de economia e saúde pública, como é uma superintendência do Mapa”, alegou a delegada sindical Consuelo Paixão Côrtes, do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (DS-RS Anffa Sindical).
A maior crítica do movimento é que a escolha do nome teria seguido critérios partidários. O novo superintendente é filiado ao PTB, partido da base do governo Dilma Rousseff, foi secretário de Meio Ambiente, Minas e Energia da prefeitura de Nova Alvorada e concorreu a vice-prefeito no município.
O ex-superintendente é o médico veterinário Roberto Schroeder, que é do quadro do Mapa, e assumiu após o afastamento do antecessor, Francisco Signor, que ocupou o cargo por 12 anos e foi exonerado em maio de 2015. Signor perdeu a função após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) nos crimes de corrupção passiva e ativa e formação de quadrilha.