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No Rio Grande do Sul, a realização de paralisações às terças e quintas-feiras já foi aprovada
Auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil realizam protesto em Porto Alegre na tarde desta terça-feira, 12, em frente ao prédio do Ministério da Fazenda (Chocolatão). A categoria acusa o Governo Federal de descumprir o acordo firmado em março deste ano, depois de meses de negociação, tendo em vista que o projeto de lei que permitiria a implementação do reajuste acordado não foi enviado ao Congresso.
No Rio Grande do Sul, a realização de paralisações às terças e quintas-feiras já foi aprovada. “Nossa categoria tem a missão de arrecadar impostos, atividade indispensável para o Estado. Como podemos ter motivação para trabalhar, depois de aprovar uma negociação tão longa e sem resultado efetivo?” questiona o presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional em Porto Alegre, Marco Aurélio Baumgarten de Azevedo. Ele lembra que a proposta de reajuste aprovada com o governo, de 21,3%, em quatro anos, apenas repõe perdas salariais já sofridas. A primeira parcela do reajuste estava agendada para agosto.
Caravanas vindas de todo o estado
da paralisação e protesto durante a tarde desta terça-feira, servidores que ocupam cargos com gratificação virão em caravana para Porto Alegre, vindos de diversas cidades do Rio Grande do Sul. Mais de 40 auditores-fiscais já assinaram a formalização de entrega de cargos. O documento será destinado ao superintendente da Receita no RS, Paulo Renato Paz, durante a mobilização de terça-feira.
São delegados, inspetores-chefes, chefes de divisão ou serviço e adjuntos e substitutos da 10ª Região Fiscal que solicitaram exoneração dos cargos em comissão e dispensa das funções gratificadas e dos encargos de substituto eventual.
Na última semana, a categoria entregou um documento ao superintendente, manifestando revolta contra a atual situação. Paulo Renato Paz, por sua vez, assinou, junto com os demais superintendentes do país, a “Carta de 7 de julho”, endereçada ao Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. O documento alertava sobre as dificuldades de manter o ritmo do trabalho com as categorias desmotivadas e encontrando tratamento desigual do governo em relação aos acordos já firmados.