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Foi concluído nesta semana o levantamento do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal sobre o número de abates realizados no Rio Grande do Sul em 2016 nas cadeias de aves, suínos, bovinos e ovinos. A apuração serve para verificar o nível de participação dos produtores no pagamento das taxas que compõem o fundo. “Precisamos informar às cadeias de que forma os produtores de cada segmento estão contribuindo e, com isso, evitar a evasão de valores”, explica o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.
O levantamento é realizado com base na emissão de Guias de Trânsito Animal e aponta números de abates para estabelecimentos sob inspeção federal, estadual e municipal. Ao todo, foram abatidas quase 843 milhões de cabeças entre aves (832,3 milhões), suínos (8,2 milhões), ovinos (189,7 mil) e bovinos e bubalinos (2 milhões). Em 2015, o número de abates ficou em 836,4 milhões de cabeças.
Um dos dados que chamou a atenção foi o aumento do número de bovinos abatidos sob inspeção federal (SIF) em 2016. Foram mais de 52 mil cabeças em relação ao ano anterior. Abater na modalidade SIF permite que a cadeia exporte o produto para outros estados e países. O Rio Grande do Sul aumentou a exportação de bovinos para mercados internacionais, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior, em quase cinco mil toneladas. Isso elevou o faturamento do ano passado em mais de US$ 22 milhões em relação a 2015.
Já no país, o movimento do segmento de carne bovina foi contrário. As exportações reduziram em volume e, especialmente em faturamento. Houve, conforme a Secex, queda de dois milhões de toneladas e quase US$ 300 milhões em faturamento. “A situação da economia gaúcha fez com que as empresas detentoras de SIF buscassem mercados em outros países, o que acabou permitindo que o estado evoluísse, caminhando no sentido oposto ao cenário nacional, de queda”, explica Kerber.