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09/02/2016 – ZH: Os desafios da defesa agropecuária

ZERO HORA | CAMPO E LAVOURA | ARTIGO | PÁGINA 2

De acordo com o mais recente relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a produção de alimentos no mundo deverá crescer 80% até o ano de 2050 para atender a uma população global estimada em 9,7 bilhões de pessoas, 37% maior que a população atual.

Neste cenário, o Brasil terá um papel preponderante, respondendo por 40% do crescimento na oferta de alimentos. Com este índice, o país passará de segundo maior exportador global de alimentos, em volume, para o número um do ranking.

Os principais entraves são a logística para escoamento da produção (rodovias, portos e armazéns) e a manutenção e expansão do status sanitário da defesa agropecuária.

Com a demanda por proteína animal seguindo tendência de considerável aumento, novos ganhos na produtividade são fundamentais. A indústria brasileira de alimentos processa mais de 50% da produção agrícola do país e praticamente 20% são exportados, contribuindo de forma significativa para a balança comercial. Para este ano, a Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura prevê incremento de US$ 2,5 bilhões (555 mil toneladas) nas exportações, com ênfase para a carne bovina.

Com os seus reconhecidos serviços de sanidade animal e de inspeção federal (SIF), associados a plantas frigoríficas com alto nível de tecnologia de abate e processamento de proteína animal, o país promove o abastecimento interno e já exporta carnes para mais de 150 países.

Outro aspecto relevante é a manutenção da sustentabilidade da agricultura brasileira que colabora na competitividade no campo, além da necessidade de agregar valor aos nossos produtos do agronegócio, lembrando que o Brasil é signatário dos principais tratados sobre o meio ambiente, possuindo uma legislação ambiental mundialmente reconhecida.

Para seguirmos avançando, o serviço oficial continuará trabalhando em conjunto com universidades e centros de pesquisa. Será utilizada cada vez mais a ferramenta de análise de risco na tomada de decisões, aperfeiçoando a gestão e apresentando um serviço harmonizado por parte de todos os elos do setor para uma defesa agropecuária ainda mais forte.

Por esta razão, os investimentos em defesa agropecuária e agronegócio são fundamentais para mantermos a confiança no setor. E, consequentemente, a captação de investimentos, reforçando a produção interna e abrindo novos mercados para nossos produtos agropecuários.

Como já foi dito pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o ex-ministro Francisco Turra, a rigorosa defesa agropecuária é o melhor passaporte para nossas exportações e, consequentemente, para a sociedade brasileira.

Leonardo Werlang Isolan | Chefe do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul

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