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08/10/2016 – ZH: Bem-estar animal: mais do que uma exigência, uma obrigação

ZERO HORA | CADERNO CAMPO E LAVOURA – VOZ CAMPEIRA | PÁGINA 7

Os alimentos de origem animal acompanham a humanidade desde sempre. Com o passar dos tempos, o homem foi aprendendo a lidar mais e melhor com a atividade de criar, abater e consumir. A preocupação com aspectos nutricionais, com sabor e maciez e com sanidade nunca parou de crescer. Mas um novo aspecto vem ganhando mais atenção nos últimos anos. O bem-estar animal é um conceito que começa nas propriedades, passa pelo transporte e chega até o momento do abate nos frigoríficos. A adoção do manejo correto nos processos se dá pela exigência dos mercados consumidores que não abrem mão de proteína animal, mas querem que seja feito dentro de processos humanitários.

Entretanto, no Brasil ainda falta uma legislação clara sobre o tema. São algumas instruções normativas e um decreto (8701/16) que mencionam superficialmente que é atribuição dos fiscais agropecuários observar a adoção destas práticas. O que existe de mais claro é a iniciativa de grandes empresas exportadoras que adotam as práticas em atendimento aos compradores internacionais. Na esteira do interesse comercial, outros estabelecimentos buscam, por iniciativa própria, minimizar problemas no transporte, desembarque e abate.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária tem uma comissão permanente que trata sobre o tema, debate soluções e analisa casos, gerando notas técnicas e recomendações. Frequentemente, a Escola Superior de Ética da autarquia realiza eventos para capacitar médicos veterinários. O próximo ocorre em Cruz Alta no dia 19 de outubro.

– Os médicos veterinários têm papel fundamental em todo o processo – afirma o presidente do CRMV-RS Rodrigo Lorenzoni. Segundo ele, orientar sobre procedimentos como rampa adequada para embarque na propriedade, melhor método de contenção de animais, disponibilidade de água e sombra em locais de espera são informações simples de serem implementadas nas propriedades. A capacitação de motoristas para a condução segura já é exigência de empresas do setor de suínos, por exemplo, que pode ser adotada por outros segmentos.

As práticas de bem-estar animal contribuem para uma produção mais adequada e competitiva, reduzindo prejuízos e melhorando a qualidade do produto que chega ao consumidor.

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