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04/07/2016 – DC: Férias com o pet: Tudo o que precisa saber!

DIÁRIO DE CANOAS | ONLINE

Se vai viajar e quer levar o mascote, é preciso atenção

O período de férias escolares está chegando e muitas famílias planejam passeios e viagens. Além dos pais e da criançada, muitos colocam na conta os animais de estimação. É cada vez mais comum levar junto os pets para curtir uns dias de folga. Mas como fazer isso com segurança para o animal e também para os humanos?

O médico veterinário Rodrigo Lorenzoni, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, dá como primeira orientação não alimentar o bichinho antes da viagem. O ideal é suspender a oferta de comida até duas horas antes da saída. Isso evita vômitos. “Nunca deve-se administrar medicação humana contra náuseas”, explica o profissional. E caso o tutor queira medicar seu mascote, é preciso sempre buscar avaliação do veterinário, especialmente se a opção for pela sedação.

Na hora de viajar com o cão ou gato de ônibus ou avião, é importante fazê-lo em uma caixa de transporte. “O tamanho do equipamento deve ser suficiente para o animal ficar em pé e poder girar”, afirma Lorenzoni. No carro, a caixa deverá ir atrás do banco, mas nunca no porta-malas. No avião, dependerá do porte do animal. Algumas companhias aéreas permitem que animais pequenos viajem na cabine, nos pés dos tutores. Já os maiores, normalmente, vão junto com a carga.

No carro
No caso das viagens de carro, o médico veterinário Rodrigo Lorenzoni lembra que é possível transportar o pet fora da caixa, usando um cinto de segurança próprio para cães, que fica preso à coleira e no cinto do veículo. “A legislação de trânsito prevê e nós recomendados. O animal não deve viajar solto, pois pode provocar um acidente. Também não deve ficar na janela, apesar de ser um hábito que eles gostam muito. “O vento nos ouvidos pode provocar otites e também provocar uma lesão na córnea. Além do risco de fugas.”

É importante sempre parar para que o bichinho de estimação faça xixi ou cocô. O ideal é dar uma pausa na viagem a cada uma hora e meia. “Ofereça água, mas sempre controlada”, aconselha Lorenzoni.

No avião ou no ônibus
Para viajar com os pets de avião ou ônibus, é preciso também ficar alerta à documentação. A médica veterinária Consuelo Paixão Cortes, que atua como fiscal federal agropecuário no Aeroporto Internacional Salgado Filho, explica que as viagens nacionais exigem o atestado médico e também a carteira de vacinação em dia. Nas internacionais, é necessário também o Certificado Zoossanitário Internacional, emitido pela unidade do Ministério da Agricultura, que funciona no aeroporto. O documento é gratuito e o agendamento feito pelo telefone 3371-4515. Consuelo explica que cada país tem exigências diferentes. Para saber mais, basta acessar o site do Ministério da Agricultura.

E se não for junto e ficar em hotel?
Nesses casos, é preciso ficar atento se o estabelecimento tem registro no CRMV-RS e conta com a assistência de um médico veterinário. Os tutores devem observar se o local oferece condições para o bem-estar dos animais hospedados. Verificar como é feito o controle de doenças e procurar locais que ofereçam proteção contra fuga e lesões aos animais. “Critérios de admissão não são burocracia. Quanto mais rígido, maior o zelo”, aponta Rodrigo Lorenzoni.

Saiba mais
* Em viagens aéreas ou rodoviárias, cães e gatos transitam no País sem a necessidade da Guia de Trânsito Animal (GTA). É obrigatório, porém, o porte de atestado de saúde, emitido por um médico veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária.

* Para o transporte de animais entre países é preciso obter o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pela autoridade do país de origem ou de procedência do animal. O CZI deve estar em conformidade com as exigências sanitárias do país de destino.

* Para o transporte interno, é necessário apenas o atestado de saúde assinado por veterinário habilitado, que deve atentar para a assiduidade da vacinação antirrábica.

* A acomodação dos animais em viagens aéreas, terrestres ou marítimas é definida pela empresa responsável pelo transporte. As exigências variam e o animal pode viajar em qualquer compartimento, desde que o seu peso e a gaiola sejam compatíveis com o ambiente e as exigências da empresa transportadora.

* Cada país tem requisitos específicos para autorizar o ingresso de cães e gatos no seu território. É muito importante que o proprietário planeje com antecedência a viagem do seu animal para ter tempo suficiente de atender todas as exigências do país de destino, o que às vezes pode requerer alguns meses.

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