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03/06/2016 – ZH: Disfarce no queijo

ZERO HORA | CAMPO ABERTO | PÁGINA 22

Com mais de cem marcas de produtos lácteos no mercado gaúcho, o consumidor deverá ficar ainda mais criterioso na hora de escolher seu queijo. Na terceira fase da Operação Queijo Compen$ado, deflagrada ontem pelo Ministério Público em sete cidades do Rio Grande do Sul (Leia mais na página 14), ficou evidente que não há limites para o crime.

De rótulos falsos a produtos estragados reaproveitados, contendo até coliformes fecais, três fabricantes e duas distribuidoras de queijo ignoraram qualquer cuidado sanitário ou risco à saúde em busca de lucro fácil.

– Quando não tinha mais o que fazer, os fraudadores ralavam o queijo para recolocá-lo no mercado – conta o promotor de Justiça da Promotoria Especializada de Defesa do Consumidor Alcindo Luz da Silva Filho.

O queijo impróprio para consumo, rotulado com nova data de vencimento, era revendido para todo o Estado e para São Paulo, por preço bem abaixo do mercado.

– O consumidor deve desconfiar de algum produto muito barato – orienta o promotor.

Presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Estado (Apil-RS), Wlademir Dall’Bosco informou que nenhuma das empresas envolvidas são associadas à entidade. Independentemente disso, lamenta que crimes como esse, muitas vezes resultantes de fiscalização municipal falha, manchem a imagem do produto:

– Temos que limpar o que está errado.

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