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03/06/2016 – CP: Queijo impróprio para consumo é apreendido

CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 8

Operação também prendeu seis suspeitos de participaçãoem adulterações do produto no Estado

O Ministério Público Estadual e o Ministério da Agricultura apreenderam 20 toneladas de queijo impróprio para o consumo em cinco estabelecimentos investigados na Operação Queijo Compen$ ado 3, deflagrada ontem em municípios das regiões Norte, Serra e Metropolitana. Além disso, com o apoio da Brigada Militar, a força-tarefa cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão. Também efetuou uma prisão em flagrante.

As investigações apontaram irregularidades em três laticínios. Os laudos do Laboratório Nacional Agropecuário indicam presença de coliformes fecais e contaminação pela bactéria staphylococcus nas amostras analisadas. Para comercializar o queijo estragado, as empresas trocavam os rótulos das embalagens. Ainda foi constatada a adição de amido de milho, utilizado para mascarar o uso de menos leite que o exigido pelas normas da indústria.

Segundo o promotor de Defesa do Consumidor, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, foram presos preventivamente um proprietário da Taurino Laticínios, de Tenente Portela; dois proprietários do Laticínio Luza, de Constantina; o proprietário da Reinaldo Pereira ME, de Carlos Barbosa, que fabrica o queijo Valparadiso; e um proprietário da Latteria, distribuidora de alimentos de Antônio Prado; e, em flagrante, um homem apontado como funcionário de depósito clandestino do Laticínio Luza em Canoas.

Procuradas, as empresas não se manifestaram. Em nota, o Sindilat manifestou apoio à operação. O Procon orienta os consumidores que compraram produtos das marcas apreendidas a guardarem a nota fiscal e, em caso de ingestão, a procurarem um médico.

RATOS NO ARMAZÉM

A reportagem do Correio do Povo acompanhou a operação na Região Metropolitana de Porto Alegre e na Região Norte. Em Canoas, o depósito clandestino funcionava em um ferro-velho, no meio de carcaças automotivas e veículos inteiros, onde havia uma casa sem porta à qual ratazanas tinham livre acesso. No interior, três caixas d’água, de 500 litros cada, continham queijo podre que seria transformado em queijo ralado. Na volta, centenas de pacotes já prontos para a venda, muitos também deteriorados. Dezenas de rótulos com selo de inspeção federal e estadual, provavelmente falsificados, encontravam-se dentro de caixas.

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