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Labrador é treinado para farejar malas em busca de produtos contaminados. Ministério da Agricultura pretende ‘empregar’ mais 13 cachorros em 2 anos.
O Ministério da Agricultura iniciou o treinamento do primeiro cão fiscal de alimentos do país. O labrador Romeu terá a missão de farejar malas em voos internacionais do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, em busca de possíveis produtos contaminados que venham do exterior. A preparação do animal deve ser concluída em março, quando ele começa a atuar efetivamente.
Segundo o treinador dele, o fiscal agropecuário Marcos Micheletti, o cão está sendo ensinado a identificar 15 odores diferentes. Para isso, os servidores do ministério vão usar brinquedos.
“Consiste basicamente em você associar um brinquedo ou alguma atividade de que esse cachorro gosta muito com o odor que a gente quer que ele ache depois”, diz Micheletti.
Cães farejadores podem identificar até 60 tipos de cheiro, segundo o treinador. “Se ele sentar na frente de uma mala, a gente vai entrevistar a pessoa, perguntar se realmente está trazendo alguma coisa”, afirma o fiscal.
No Brasil, há 17 aeroportos internacionais. Nno ano passado, foram apreendidas 100 toneladas de alimentos e plantas contaminados. Em oito anos de pesquisa, já foram detectados 23 agentes infecciosos, inclusive os que provocam tuberculose e brucelose.
De acordo com o fiscal federal agropecuário Fabio Schwingel, a maior parte das apreensões é de origem animal. “[Existe] uma parcela grande de apreensão de laticínios, queijo, doce de leite. A gente tem muita apreensão de embutidos, carnes, salames, salsichas e patês de fígado; e a gente tem também uma parcela grande de apreensão de pescados.”
A expectativa é de que em dois anos outros 13 labradores façam parte da fiscalização em terminais de todo o país. A previsão é de que todos os cães sejam treinados pelo Ministério da Agricultura, no Aeroporto de Brasília.