ZERO HORA | CAMPO ABERTO | PÁGINA 12
A transferência de um funcionário da Secretaria da Agricultura está dando o que falar. Conforme a Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro-RS), o técnico que atuava no município de Canguçu – e cujo nome não está sendo divulgado –, teria sido removido de forma arbitrária.
Documento foi enviado ao secretário, Ernani Polo, cobrando explicações.
– Foi afastado de um município com alta demanda, contra sua vontade. E a informação que temos é de que foi uma transferência política – diz Antonio Medeiros, presidente da Afagaro.
Canguçu tem o maior número de propriedades registradas no Rio Grande do Sul. O fiscal em questão era o único a atuar na área de defesa agropecuária e foi realocado em Piratini. A entidade entrará na Justiça para tentar reverter a transferência e também iniciou uma campanha contra assédio moral.
Polo nega que a remoção tenha conotação política. Afirma que “foi uma situação pontual, porque Piratini não tinha nenhum médico veterinário”.
– Ele é um bom técnico, mas tinha uma relação desgastada com a comunidade. Se fosse uma perseguição, teria sido transferido para Santana do Livramento, que é longe, e não para um município próximo – diz o secretário.
Medeiros contrapõe que, nesses casos, um procedimento deveria ter sido aberto pela secretaria.