CORREIO DO POVO | RURAL | PÁGINA 8
Após regulamentação, medicamento continua sem previsão para chegar ao mercado nacional
Desde a regulamentação do registro de medicamentos veterinários genéricos, em maio de 2015, apenas uma empresa manifestou ao Ministério da Agricultura o interesse em registrar esse tipo de produto, porém voltado ao mercado pet. O pedido foi apresentado no final de 2015 e encontra-se sob análise.
Com a chegada dos genéricos ao mercado, é aguardada uma redução de até 50% no preço dos medicamentos. Outra vantagem é a agilidade na obtenção do registro. Segundo a indústria, a espera hoje pode levar até quatro anos. A expectativa é de que esse prazo caia para quatro meses. O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Emílio Salani, questiona se os custos com medicamentos são realmente um problema para os criadores.
Ressalta que a indústria fatura cerca de R$ 5 bilhões por ano no país, sendo que R$ 3 bilhões são consumidos pela bovinocultura. Em um rebanho com 200 milhões de animais, o gasto por cabeça é de R$ 15 ao ano. “Cabe um estudo criterioso”, afirma, apesar de ressaltar que “a lei está super bem posta”.
O 1º vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, disse acreditar que o custo seja maior, já que somente a vacina contra a febre aftosa custa cerca de R$ 11. Para o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), a expectativa é de que os genéricos veterinários deslanchem em 2016. O coordenador institucional, José Pedro Martins, acredita em um impacto positivo na redução de custos especialmente em sistemas de produção intensiva (aves e suínos). Como exemplo, cita os antibióticos utilizados na ração animal.
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