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ZH: Portas abertas ao apetite dos Estados Unidos

CAMPO ABERTO | ZERO HORA | PÁGINA 17

Há oportunidades para o Brasil e para o Rio Grande do Sul na abertura sinalizada ontem pelos Estados Unidos para a carne bovina in natura. Bom remunerador, o mercado americano é também uma vitrine mundial. A decisão de permitir a entrada do produto, depois de hiato de 15 anos, traz, além da chance de fazer negócios na terra do Tio Sam, efeito psicológico igualmente importante.

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A boa notícia foi dada à presidente Dilma Rousseff e à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que estão em solo americano. Vinha sendo aguardada com expectativa pela indústria de carne, pelo potencial do comprador. E, sem dúvida, reforçará as exportações no segundo semestre – no acumulado de janeiro a maio, houve retração de 18% em faturamento e de 14% em volume.

– Os Estados Unidos são um mercado de excelência. Há um diferencial internacional para quem está com esse mercado aberto – afirma Antônio Camardelli, presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Ao todo 13 Estados, incluido o Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal, estão na lista dos que poderão credenciar frigoríficos à exportação. A estimativa do Ministério da Agricultura é de que, em cinco anos, o Brasil esteja exportando 100 mil toneladas de carne bovina in natura.

Potencial há: em 2014, os americanos importaram 957 mil toneladas de carne de outros mercados . O Brasil agora, vai em busca de um naco desse filé.

– É um mercado que interessa, pode remunerar um pouco melhor. Para o Rio Grande do Sul, é uma situação interessante, porque temos posição parecida com a do Uruguai, de quem os EUA compram – avalia Ronei Lauxen, presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do RS.

Há apenas a ponderação da oferta existente que, para Lauxen, pode limitar, em volume, o alcance dos gaúchos ao novo mercado. Para o presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA), José Roberto Pires Weber, o fato de termos ou não carne suficiente para atender a demanda é um “bom problema”:

– Evidente que que não serão volumes grandiosos, mas temos quantidades para ocupar nichos de mercado. Precisamos aproveitar o diferencial da nossa carne.

A projeção da Abiec é de que os primeiros embarques para os EUA sejam realizados em agosto ou início de setembro.