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26/07/2016 – ZH: Bem-estar animal: zelo em toda a cadeia produtiva

ZERO HORA | CAMPO E LAVOURA | PÁGINA 2

Há quem diga que bem-estar animal é um tema mais ligado ao segmento pet. Também existem vozes que apontam que os cuidados com este assunto somente ocorrem por conta de exigências do mercado internacional, cujos consumidores valorizam demais o fair trade. Não importa de onde venha a demanda e nem onde começou. O que importa é que cuidar dos animais, sejam eles do segmento que forem, é obrigação de todos os envolvidos nas cadeias.

E não é só isso: o futuro da produção mundial de alimentos de origem animal de qualidade depende também da sustentabilidade social e ambiental, tão preciosas a qualquer nação. O Brasil é um grande player no mercado mundial de carnes. Reconhecido pela qualidade do produto e pela saúde dos rebanhos, que vem avançando apesar de muitas dificuldades, o país alcança mais de 180 mercados internacionais. Para permanecermos neste patamar, precisamos mostrar que nossa produção é correta em vários aspectos.

O desafio do médico veterinário é abordar o tema do bem-estar animal de forma técnica, responsável, alicerçada na ciência e na pesquisa e visando o desenvolvimento sustentável. É trabalho de todos orientar produtores, debater com empresários, lideranças e o serviço oficial e exigir mudanças. Está dentro da obrigação de quem atua no segmento produtivo e zela pela vida.

A passionalidade tão vista em debates acerca do tema é nociva e prejudicial, pois tira o foco do que realmente precisa ser discutido. Pequenas ações no manejo com animais, no embarque e transporte já fazem grande diferença na temática do bem-estar. Geralmente essas ações não requerem investimentos, exigem apenas o interesse e a vontade de mudar.

Temos trabalhos bem sucedidos na produção de bovinos de leite e na suinocultura – exemplos para qualquer país desenvolvido. Entretanto, precisamos evoluir. Devemos capacitar produtores e trabalhadores, conscientizar empresários e políticos da importância do bem-estar animal. E ir além, pois os pilares da sustentabilidade ambiental e social também têm que ser fortalecidos e respeitados.

Rodrigo Lorenzoni – Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS

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