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25/5/2017 – Simpósio do leite alerta sobre importância da biosseguridade

O potencial de prejuízos das doenças que atingem o rebanho leiteiro vai além das perdas econômicas, provocadas pela redução na produtividade do gado. Algumas enfermidades, como a tuberculose, são zoonoses e podem atingir o homem, inclusive através do leite. Por isso, realizar um controle mais rigoroso de questões ligadas a biosseguridade é fundamental para médicos veterinários, técnicos, produtores e trabalhadores rurais.  A Biosseguridade em Propriedades Leiteiras foi o tema central do VII Simpósio do Leite, promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS na Expoleite/Fenasul nesta quinta-feira (25).

O professor da Faculdade de Veterinária da Ufrgs, André Dalto, falou que fora a tuberculose, que não possui vacina liberada pelo Ministério da Agricultura, as outras principais enfermidades que atingem o rebanho leiteiro contam com imunização. “Mas além da vacina, outros pequenos cuidados contribuem para a proteção do rebanho”, afirma. Esses cuidados foram abordados pela médica veterinária Angela Balen, instrutora do Senar-RS. Botas, roupas e equipamentos utilizados por técnicos e veterinários carregam vírus e bactérias e podem levar enfermidades de uma propriedade para outra. “O ideal seria que cada propriedade tivesse uma roupa para o trabalho do veterinário, casqueador ou inseminador.”

Para a coordenadora de Educação Sanitária da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, o produtor também tem papel fundamental no controle de sanidade e na adoção de medidas de biosseguridade. “O produtor precisa ter em mente que os animais são um patrimônio e vão, por muitos anos, produzir o alimento que é sua fonte de renda”, garante. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou sobre os critérios para indenização de animais pelo fundo. “Para ser indenizado, o produtor precisa estar em dia com as obrigações sanitárias”, frisou.

O coordenador de fiscalização e orientação profissional do CRMV-RS, Mateus Lange, pontuou a importância da atuação dos responsáveis técnicos e salientou que é um trabalho que pode fazer a diferença para a qualidade do produto e a saúde da população. “O trabalho do médico veterinário responsável técnico precisa ser encarado com muita seriedade, pois faz parte do dia a dia da economia do estado e da saúde pública.”

Para o vice-presidente do CRMV-RS, José Arthur Martins, que mediou os trabalhos, com este debate que abordou conceito, prevenção, legislação, e orientação, profissionais, estudantes e produtores saíram esclarecidos “e mais conscientes da importância da biosseguridade para garantir saúde animal e humana e também competitividade na atividade leiteira”.