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05/10/2016 – Caso de leishmaniose em humano na capital exige atenção para sintomas em cães

A Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS emitiu, nesta terça-feira (04), uma Nota Técnica sobre Leishmaniose Visceral Canina, direcionada a médicos veterinários. O documento alerta sobre os cuidados com a doença, após confirmação, pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), de caso autóctone da enfermidade em paciente humano na capital.

Atualmente a Leishmaniose está presente na zona rural e nos centros urbanos. A Nota alerta sobre a importância de observar animais com sintomatologia suspeita e alertar as vigilâncias municipais. Os cães são os principais reservatórios da doença e a ocorrência da infecção canina geralmente precede a ocorrência dos casos humanos.

Conforme o presidente do CRMV-RS, Rodrigo Lorenzoni, “é fundamental que os médicos veterinários estejam atentos e articulados com as vigilâncias municipais para o diagnóstico e acompanhamento dos casos.” No documento, a Comissão reforça também a educação em saúde para colaborar com o controle da zoonose.

Veja a nota na íntegra no site do Conselho: www.crmvrs.gov.br/PDFs/NT_Leishmaniose_Poa.pdf

Sobre Leishmaniose:

A Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário do gênero Leishmania. Acomete homens e animais, tanto domésticos quanto silvestres, podendo levar à morte. Para a doença ocorrer, é necessário um vetor (flebotomíneos, mosquito-palha) e um reservatório, ambos infectados. A enfermidade pode se manifestar na pele ou vísceras.

Os principais sintomas nos cães são debilidade, alterações dermatológicas (descamação na pele, na orelha), crescimento exagerado das unhas, sinais oculares (queda de pelos ao redor dos olhos), emagrecimento, aumento de linfonodos, entre outros. Também são registrados casos de animais que não apresentam sintomas. Entretanto, tanto os cães assintomáticos quanto os sintomáticos são infectantes e, portanto, são reservatórios e transmissores da doença.

Recentemente o Ministério da Agricultura autorizou o registro de um produto para tratamento da doença. O medicamento ainda não está disponível para a venda no Brasil. Entretanto o tratamento de cães com Leishmaniose não é recomendado como política de saúde pública, pois mesmo tratados, os animais permanecem transmissores.